quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Redes sociais e formação.

Redes sociais e formação.

href="http://http://www.youtube.com/watch?v=FxKDyTzj5fY&feature=related">

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Cyberbullying


O bullying e o cyberbullying são práticas que causam dor, humilhação, sofrimento, medo e tantos outros sentimentos e consequências ruins. Felizmente algumas ações têm sido feitas no sentido de prevenir, orientar e proteger pessoas quanto aos efeitos desses comportamentos, que em muitas casos são devastadores. O programa Quebrando o Silêncio de 2011 é um ótimo exemplo.

Sabemos que o bullying refere-se a toda ação de zombaria, calúnia, difamação, agressão, discriminação, rotulação, etc. e que uma pessoa pode ser vítima no lar, na escola, na igreja ou em qualquer outro grupo social. Neste artigo, trataremos sobre o cyberlluying na escola, que alcança alunos e professores.

De forma geral, podemos definir o cyberbullying como toda prática de zombaria, calúnia, difamação, agressão, discriminação, rotulação, etc., continuada ou não, que ocorre no ciberespaço, ou melhor, na internet. Os agressores valem-se da possibilidade de publicar fotos editadas, mensagens de texto ou vídeos em redes sociais, blogs ou sites. Em muitos casos, o anonimato ou a falsa identidade são estratégias usadas para se esconder a atitude vil.

Como orientadora educacional, acompanhei alguns casos de cyberbullying – casos mais simples, como postagens de scraps no Orkut do tipo “Não vou mais ser amiga da fulana, ela é muito chata”, até a publicação de vídeos ou fotos de adolescentes nus, resultantes de conversas pelo MSN. Com certeza, o grau do impacto sobre as vítimas é diferente para cada caso; mas aprendi que, por mais simples que um fato possa parecer aos olhos adultos, o sofrimento infantil ou adolescente pode ser gigantesco. Por isso, nossa atenção, consideração e orientação precisam ser efetivas sempre.

Felizmente, muitas das ocorrências de cyberbullying podem ser resolvidas apenas conversando-se com os alunos envolvidos. Na maioria das vezes, logo na primeira conversa, a fórmula "problema concreto resolvido = comentário ou foto retirada" funciona. Lembremos que os problemas expostos no mundo virtual são diversas vezes reflexos dos problemas vividos no mundo real. A internet funciona, em muitos casos, como um meio intensificador da agressão, pois gera mais exposição. Então, quando ajudamos nossas crianças e adolescentes a resolver seus problemas concretos, com certeza minimizamos muitos casos virtuais.

Mas o que fazer nos casos mais graves, quando fotos são editadas ou vídeos comprometedores são postados e toda a escola fica sabendo? Os primeiros passos começam antes mesmo de o fato ocorrer. Palestras informativas para pais e alunos precisam ser realizadas, inclusive informando sobre as consequências criminais que tais atos, assim como uma agressão física, podem acarretar. Segundo a psicóloga Tércia Barbalho, coordenadora do curso de Psicologia do Unasp–SP, o agressor também precisa ser conscientizado de que seu ato causa dor, pois em muitos casos tal sentimento não é sequer percebido ou dimensionado.

Além de informação, os alunos precisam encontrar na escola pessoas em quem possam confiar, mesmo em meio a situações vexatórias. Não se trata de assumir o papel da família, mas de nos apresentar como fonte segura para ajudá-los a resolver o problema.

Ao se tomar conhecimento do fato, medidas rápidas precisam ser tomadas, pois a disseminação pela internet é acelerada. Os alunos precisam ser conscientizados de que precisam falar rapidamente para os pais e para a escola sobre o fato. Assim como nos casos mais simples, precisa ocorrer uma conversa com ambas as partes, no caso de alunos da mesma escola, e ser retiradas as postagens o mais rápido possível. Todos os responsáveis devem ser comunicados. Caberá à escola tomar as medidas disciplinares correspondentes.

O ideal nesses casos é associar as medidas disciplinares com o atendimento psicológico para a vítima e para o agressor. A família também deve ser orientada e participar ativamente das medidas. Em muitos casos, a exposição causa sério constrangimento; nesse caso, a escola precisará analisar a transferência de turno e talvez de escola.

E o que fazer quando o vídeo ou foto tiver sido replicada para sites diversos, quando o agressor for anônimo ou quando ele não for aluno da escola? Oriente a família a:

1. Denunciar para a própria rede social o usuário e o conteúdo postado. Muitas das redes sociais eliminam o conteúdo ou o perfil em casos graves.
2. Usar todos os sistemas de denúncias e esclarecimentos dos sites.3. Bloquear o usuário que fez a postagem e não revidar pela internet.
4. Em muitos casos, será melhor até encerrar o perfil do aluno nas redes sociais. Tal atitude poderá minimizar a visualização de comentários sobre o fato.
5. Copiar o conteúdo da tela com o recurso "print screen" do teclado ou mesmo salvar o conteúdo da postagem para uma posterior comprovação ou identificação do agressor.
6. Consultar delegacias especializadas em crimes virtuais7. Caso o conteúdo tenha sido postado em sites comerciais ou privados e a situação não possa ser resolvida por vias administrativas, a família poderá ajuizar uma ação no Judiciário solicitando a retirada do conteúdo às empresas responsáveis pelos sites.

Por isso, além de conhecermos os sentimentos de nossos alunos, suas necessidades e frustações, precisamos entender como as redes sociais e demais serviços da internet funcionam. Tal conhecimento, em muitos casos, ajudará a entendermos o alcance dos atos, descobrirmos formas de resolver o problema ou ainda aproximar-nos dos alunos, por demonstrarmos que entendemos o que eles falam.

Alunos e professores podem ser vítimas do cyberbullying. Caso ocorram casos com docentes, os procedimentos deverão ser os mesmos. Ao detectar o fato, o professor deverá informar a escola o mais rápido possível a fim de se identificar os agressores, conversar com eles e buscar a retirada do conteúdo.

No entanto, por mais que acionemos os mecanismos disponíveis para a retirada dos conteúdos publicados, em alguns casos o processo não é imediato. Portanto, a principal medida a ser tomada é a conscientização preventiva, incluindo a orientação quanto ao aumento do risco de ser uma vítima devido ao uso inadequado dos recursos das redes sociais.

Para professores, capelães, orientadores, coordenadores, psicólogos educacionais, diretores, monitores, preceptores e outros que se inserem nas redes sociais com o salutar objetivo de conhecer mais seus alunos e aproximar-se deles, gostaria de deixar as seguintes dicas:

1. Crie um perfil profissional, diferente de seu perfil pessoal, nas redes sociais para adicionar alunos.
2. Cuidado com as fotos, vídeos e comentários que postar.
3. Não passe sua senha para alunos, mesmo para aqueles mais "bonzinhos".
4. Não permita que alunos observem a digitação de sua senha no laboratório de informática ou na sala de aula, por exemplo.
5. Caso seja vítima, copie o conteúdo das telas com o recurso "print screen".
6. Leve o caso para a direção do colégio o mais rápido possível. Não tente resolver sozinho, mesmo se o caso for muito vergonhoso.
7. Promova a conscientização dos alunos.
8. Além de educar a todos em caso de agressão anônima, denuncie os culpados quando possível.

O cyberbullying é uma realidade dura enfrentada por educadores atualmente, mas o medo não deve nos dominar. Devemos buscar esclarecimentos, formas de prevenção e soluções para o problema. Agindo dessa forma, confiantes na capacidade que o nosso Deus quer nos outorgar, poderemos ser instrumentos para acabar com o sofrimento de muitas crianças e adolescentes.

Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br/educadores/educacao-e-tecnologia/828/como-prevenir-o-cyberbullying.html

Redes sociais no currículo


As redes sociais, como o Twitter, o YouTube e o Flickr, podem – e devem – entrar nas salas de aulas como ferramentas de uso pedagógico, na avaliação do pesquisador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) da Unicamp, José Armando Valente. Nesta sexta-feira, o professor vai participar do congresso People.Net in Education, no auditório da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, que vai discutir a aplicação das redes sociais à educação. Ao iG, Valente adiantou o foco de sua palestra e a preocupação de que as ferramentas não sejam usadas apenas como um apêndice das aulas, mas que haja uma orientação sobre o conteúdo consumido e gerado para a rede dentro das escolas: “Se não tiver alguém orientando, não é pedagógico. A ideia de que na rede um ajuda o outro, é romântica. O que acaba acontecendo é que um cego conduz outro cego”, diz. Para o professor, atualmente, nenhum país consegue fazer isso de forma sistemática, penas através de iniciativas pontuais.

Confira a entrevista concedida por telefone pelo pesquisador, que é também professor o Departamento de Multimeios, Mídia e Comunicação do Instituto de Artes da Unicamp e pesquisador colaborador do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo, da PUC-SP:

iG: As redes sociais já são usadas nas escolas como ferramenta para desenvolver o aprendizado dos alunos?
José Armando Valente: Tem professores – pontualmente – usando blogs e outros recursos de rede sociais em aula, mas isso só ocorre por interesse particular de alguns profissionais. Não existe uma prática incentivada por grupos, escolas, redes de ensino. Mesmo assim, o que eles fazem, na maioria dos casos, é usar blogs para divulgar algum conteúdo que não deu tempo de passar em aula, receber material de aluno. Essa prática não inova em nada, é apenas uma outra forma de transmitir informação. Poderia ser usado um email, por exemplo.

iG: E como seria o uso de forma inovadora?
José Armando Valente: As ferramentas de redes sociais devem ser usadas como práticas pedagógicas, de forma integrada ao currículo. Não adianta só acessar a rede dentro da escola, sem uma proposta. Tem que ter alguém olhando e orientando, verificando se os alunos estão gerando conteúdo de fundamento, se tem um conceito sendo trabalhado. Isso é o que quero falar na palestra (no congresso Congresso People.Net in Education): “Se não tiver alguém orientando, não é pedagógico. A ideia de que na rede um ajuda o outro, é romântica. O que acaba acontecendo é que um cego conduz outro cego”.

iG: O senhor poderia citar exemplos práticos?
José Armando Valente: Brincar no Twitter gera um conteúdo de síntese muito grande. O professor de português poderia usar essa atividade para treinar o resumo de ideias com os alunos. Mas não é o que ocorre. Os jovens usam a ferramenta, mas o professor não intervém, não questiona o que eles fazem. Outro caso que tomei conhecimento é o de uma escola que propôs que os alunos organizassem um flash mob (mobilização instantânea em local público, geralmente organizada por email ou redes sociais). Deu certo, mas os professores de matemática perderam a oportunidade de trabalhar vários conceitos em relação ao evento, como estratégia e logística, que são conteúdos da aula de matemática. A escola fez a atividade, mas não usou como prática pedagógica. Aí nas aulas mantém o método tradicional de transmissão de conhecimento, que se torna uma chatice para os alunos.

iG: Quais as dificuldades para tornar esse uso das atividades em rede como prática pedagógica uma realidade?
José Armando Valente: É muito difícil, é mais fácil usar recurso para transmitir informação, do jeito que sempre foi. Mesmo quando os professores têm interesse e vontade, não têm apoio da gestão da escola, das redes de ensino para aplicar outros tipos de aula. É complicado usar de forma isolada, tem que estar no currículo. Hoje, as redes sociais são usadas só como apêndices, atividades fora da rotina.

iG: Em algum país é diferente e as redes já são integradas ao currículo?
José Armando Valente: Ninguém faz isso no mundo inteiro. Mesmo a Coréia do Sul e a Dinamarca, países tecnologicamente avançados e com bons resultados nas avaliações educacionais, não conseguiram. A Inglaterra tem um grupo que está trabalhando o conceito há algum tempo, tem consciência da necessidade dessa mudança, mas só aplicou a prática em escolas pontuais.

iG: Por que as mudanças tecnológicas demoram mais a ser incorporadas no ambiente escolar que em outros meios. As escolas continuam muito parecidas com as de décadas atrás...
José Armando Valente: O ensino tem uma estrutura hierarquizada, difícil de ser transformada. Uma das atividades da educação é perpetuar o status quo. E essa manutenção tem um valor. Mas essa mudança que estamos falando, das atividades da era do lápis e papel para a era digital, é necessária. Um gráfico que era desenhado no papel agora rapidamente ganha recursos e formas através da tecnologia. O estudo dele muda, não basta só entender o gráfico, mas é preciso interpretá-lo, dar novas funções e movimentos a ele. E isso tem que entrar no currículo.

iG: Muitas vezes, os alunos já têm mais facilidade com a tecnologia do que os professores. Isso não atrapalha a relação professor-aluno? Como os docentes devem se preparar para lidar com essa diferença de experiência e conquistar o respeito dos alunos?
José Armando Valente: O professor tem que ser esperto, usar os conhecimentos do aluno, pedir ajuda no que os jovens conhecem mais, organizar uma dinâmica na sala de aula que dê voz a quem sabe. O professor precisa sair do pedestal e entender que tem gente que sabe mais que ele. A grande dificuldade está em querer que o professor saiba tudo, enquanto a molecada toma conta. É preciso fazer uma parceria com o aluno.


Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/educador+quer+redes+sociais+no+curriculo+escolar/n1238187320827.html

Professores e as Redes sociais


Uma pesquisa realizada pelo Ibope revelou que 87% dos usuários de internet do país utilizam uma rede social - 83% deles usam esses serviços para finalidades pessoais. É legítimo supor que estudantes e professores também se relacionam por meio daqueles sites. Contudo, se as redes são hoje território da amizade, da diversão e da paquera, ainda é difícil pensar em usos pedagógicos para a ferramenta. Pelo menos é isso que conclui Simão Marinho, coordenador do programa de pós-graduação em educação da PUC-MG e assessor pedagógico do programa Um Computador por Aluno, do governo federal. “A escola é como uma cidade com muros que a limitam. Já o Facebook ou o Orkut são inverso disso – são praças públicas onde podemos encontrar todo o tipo de elemento”. E isso, segundo o especialista, assusta escolas e professores. Confirma a seguir os principais trechos da entrevista com Marinho, convidado a falar sobre o tema em um painel especial da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que se encerra neste domingo.

As redes sociais já fazem parte da educação?
Do ponto de vista pedagógico, acredito que ainda não há nenhum impacto das redes sociais virtuais na educação. Fora da escola, ou mesmo para entrar em contato com os amigos da escola, os alunos fazem uso das redes – Orkut, Facebook, MySpace –, mas elas ainda não são usadas para outros fins.

Quais os entraves à aproximação entre escolas e redes digitais?
A primeira dificuldade está na estrutura da escola e na postura do professor. Dificilmente, eles chegariam ao modelo ideal de rede, que é aquela que não tem centro, não tem comando nem poder. Dentro dessa estrutura, vejo uma enorme dificuldade para a escola fazer uso dessas redes porque seria preciso que os que os professores não se sentissem comandando alunos, determinando tarefas. Além disso, existem alguns riscos nas redes sociais que a escola não quer assumir, como o da segurança, do bullying e da pedofilia. Por tudo isso acredito que hoje a escola não está na rede, e a rede não está na escola.

A liberdade característica das redes sociais é um empecilho?
Sim. A escola é como uma cidade com muros que a limitam. Já o Facebook ou o Orkut são inverso disso – são praças públicas onde podemos encontrar todo o tipo de elemento, do mais benigno ao mais nocivo. Isso sem dúvida é um complicador, porque nem todos que estão ali são os parceiros de escola.

Se a escola ainda não está na rede, o senhor sente uma demanda dos alunos para que ela esteja?
Acho que os alunos não estão interessados nesse envolvimento. Se você descola da questão educacional, eles se envolvem nas redes e até abordam questões ligadas à escola, mas não são questões ligadas ao aprendizado. Tive acesso a uma pesquisa nos Estados Unidos onde a maioria dos alunos pedia aos professores que não estabelecessem contato nas redes sociais. É como se dissessem: ‘Acabou a hora da aula, não quero mais falar com você’. Isso acontece, em parte, porque os alunos usam essas redes inclusive para criticar os professores. O Orkut, por exemplo, tem aquelas comunidades ‘Eu odeio o professor fulano’. Então os alunos não querem o professor na rede. Com esse tipo de uso, a escola fica ainda mais desconfiada em usar as redes.

Fora da sala de aula, os alunos e até os professores fazem uso das redes sociais por lazer. Transformar esse lazer em aprendizado é um desafio?
É um grande desafio. O ideal seria que o aprendizado tivesse o mesmo gosto saboroso do lazer e fosse uma fruta tão tentadora e suculenta quando a fruta da diversão. Porque os alunos e professores vão atrás disso nas redes sociais, eles querem a conversa afiada com o amigo, trocar ideias, fazer planos para o fim de semana. Algumas escolas isoladamente já conseguiram superar esse desafio, mas são poucas. Não estou dizendo que não funcione, mas acredito que ainda não encontramos a fórmula para isso.

Quais seriam as vantagens de uma escola integrada às redes sociais?
A vantagem maior seria que as escolas, os professores e os alunos conversassem entre si e trocassem experiências. Mas a discussões deveria girar em torno da educação ou a rede social vira apenas um playground, uma área de lazer e entretenimento. E para que isso aconteça é preciso que cada nó dessa rede tenha uma importância e contribua para a discussão, porque a comunicação por esse meio pressupõe igualdade, sem ninguém controlando as cordinhas da rede. E acredito que esse seja um complicador para as escolas.

O que escolas e educadores devem evitar em matéria de redes sociais?
Os professores não devem reprisar na virtualidade aquilo que está acontecendo na sala de aula, ou seja, devem buscar expandir na internet os conteúdos ensinados na escola. Os conteúdos são importantes, mas tratar de assuntos que extrapolem o aprendizado também pode ser interessante. Por exemplo, professores e alunos podem discutir o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nas redes sociais. Podem – e devem – discutir o vestibular, dificuldades, carreira. Se a escola começar a criar essas espaços e fóruns, pode ser que a rede funcione.

Alguns entusiastas defendem que o bom uso das redes sociais pode funcionar como catalisador da reinvenção da escola. O senhor acredita nisso?
Isso é coisa de entusiasta! Não podemos jogar na ferramenta o peso da inovação pedagógica. Nenhuma máquina muda a escola. O que muda a escola é o professor e não acredito que apenas o fato de ele se integrar a uma rede social mude alguma coisa. Antes disso, ele precisa entender que a educação hoje tem um outro significado. Hoje o professor já não é a única fonte de informação que ele aluno tem. Ele precisa entender que o papel dele é criar estratégias para que o aluno aprenda, seja com a escola, com a internet, com o celular ou com o livro.

O senhor é assessor pedagógico do programa do governo federal Um Computador por Aluno (UCA). O que de fato os alunos desenvolvem com a ajuda do computador?
Com o computador, eles têm acesso a fontes de informações diversas, além de ter nas mãos a possibilidade de se expressar por linguagens multimidiáticas. O laptop do UCA é computador, comunicador, telefone, câmera de vídeo e fotográfica, gravador digital, entre outros. Ele é fundamentalmente um instrumento para a linguagem múltipla que eu utilizo quando preciso. E junto com a discussão da inovação tecnológica tentamos discutir a inovação pedagógica. E só assim poderemos transformar a escola.


Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/por-que-professores-e-escolas-nao-caem-nas-redes-sociais

Educação


Redes sociais a serviço do ensino

Mais de 5 milhões de estudantes brasileiros já pertencem a uma rede social na internet, como o Facebook ou o Twitter. A novidade é que, agora, parte deles começa a frequentar esses círculos virtuais estimulados pela própria escola - e com fins educativos. Alguns colégios, a maioria particular, fazem uso simples de tais redes, colocando ali informações como calendário de aulas e avisos. Muitas vezes, incluem ainda exercícios e o conteúdo das aulas, recurso que vem se prestando a aproximar os pais da vida escolar.

O maior avanço proporcionado por esses sites, no entanto, se deve à possibilidade que eles abrem para o aprendizado em rede - o que já acontece há mais tempo, e com sucesso, em países como Japão e Inglaterra. No espaço virtual, os alunos debatem, sob a supervisão de um professor, temas apresentados na sala de aula e ainda, de casa, podem tirar dúvidas sobre a lição.

O Twitter está sendo também adotado nas escolas por uma de suas particularidades: como nenhum texto ali pode ultrapassar 140 caracteres, os alunos são desafiados a exprimir ideias com concisão - habilidade revelada por grandes gênios da história e tão requerida nos tempos modernos. A experiência tem funcionado no Colégio Hugo Sarmento, de São Paulo, onde os estudantes se lançam em animadas gincanas das quais saem campeões aqueles com o maior poder de síntese. Conclui o professor de português Tiago Calles: "As redes fazem parte da vida deles. Não há como a escola ignorá-las".

Esse já é um consenso. O que se discute é como fazer uso seguro - e produtivo - das redes. Entre os sites de relacionamento, o Twitter agrada às escolas justamente por preservar, ao menos em parte, a privacidade dos alunos: é preciso nome de usuário e senha para tomar parte dos encontros on-line promovidos pelo colégio. Todo o conteúdo que resulta daí, porém, fica disponível na internet e qualquer um pode ver.

Preocupadas com isso, muitas escolas preferem criar redes próprias, que funcionam como uma intranet. "Evitamos assim a exposição dos alunos e temos condições de nos responsabilizar pelo que acontece na rede", explica Eduardo Monteiro, coordenador no Colégio Santo Inácio, do Rio de Janeiro, onde há um ano os alunos participam de debates virtuais que abarcam todas as disciplinas.

Outro perigo do ambiente virtual, este de ordem pedagógica, diz respeito ao tipo de linguagem que os alunos tendem a usar na rede, bem distante da norma culta. Não é fácil estimulá-los a empregar o bom português nesse contexto. Avalia Adilson Garcia, diretor do Colégio Vértice, em São Paulo: "Em atividades on-line, damos o exemplo aos estudantes, respeitando a pontuação e fugindo do coloquial - mas eles costumam escrever muito mal".

De todos os desafios, no entanto, talvez o mais difícil seja tornar o ensino em rede algo realmente eficaz. Nos Estados Unidos, por exemplo, algumas escolas que haviam aderido à modalidade se viram forçadas a voltar atrás. Quando os exercícios ocorriam nos domínios do colégio, verificou-se que os estudantes tinham o hábito de engatar em chats e navegar por sites de fast-food enquanto a aula virtual se desenrolava - um fiasco. Com base na experiência internacional, já se sabe um pouco do que funciona nesse campo. A mais bem-sucedida de todas as medidas tem sido colocar as crianças para compartilhar projetos de pesquisa em rede, reproduzindo assim (ainda que em escala bem menor) o que se vê nos melhores centros de pesquisa do mundo.

O Brasil está começando a adotar as redes virtuais no ensino com pelo menos cinco anos de atraso em relação a países da OCDE. O conjunto de experiências brasileiras, até agora, parece apontar para a direção certa - mas requer avanços. "É preciso integrar melhor o uso das redes ao currículo escolar. Sem isso, os efeitos serão modestos ou nulos", pondera José Armando Valente, do Núcleo de Informática Aplicada à Educação da Unicamp.

Para executar tarefa de tamanha complexidade, antes de tudo é necessário que as escolas disponham de uma equipe de professores bem treinados, artigo raríssimo num país que acumula tantas deficiências nesse setor. Por completa inexperiência, muitos deixam os computadores acumulando pó e, quando fazem uso deles em sala de aula, é para dar burocráticas lições de informática. Há, portanto, um gigantesco caminho a percorrer - e isso deve ser feito logo.

Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/redes-sociais-servico-ensino

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Marcha Contra Corrupção


O meu primeiro post é sobre a Marcha da corrupção. A marcha foi um movimento criado, e divulgado por meio das redes sociais, com o intuito de protestar contra a política brasileira. Ela ganhou muitos adeptos após a absolvição da deputada Jaqueline Roriz. Foi realizada no dia da independência, durante o desfile de 7 de setembro. Mais de 9.000 pessoas confirmaram presença na rede social Facebook, de onde partiu a ideia. Movimentos sociais desse tipo, são de grande importância. Infelizmente hoje, muitas escolas não formam cidadãos, não criam diálogos, debates para que os alunos exercem a sua cidadania, porque muitas vezes, não são educados pra isso. E o que acaba acontecendo é o comodismo, as pessoas se acostuma com a situação, e não lutam por seus direitos.